Seriam necessários muitos posts para as histórias de quase trinta anos de amizade entre nós e mais outros tantos para apresentar o talento do Fernando. Segue aqui uma palinha... tem outras no You Tube.
Mulher, em caso de dor ponha gelo mude o corte de cabelo mude como modelo vá ao cinema dê um sorriso ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
se amargo foi já ter sido troque já esse vestido troque o padrão do tecido saia do sério deixe os critérios siga todos os sentidos faça fazer sentido a cada mil lágrimas sai um milagre
caso de tristeza vire a mesa coma só a sobremesa coma somente a cereja jogue para cima faça cena cante as rimas de um poema sofra penas viva apenas sendo só fissura ou loucura quem sabe casando cura ninguém sabe o que procura faça uma novena reze um terço caia fora do contexto invente seu endereço a cada mil lágrimas sai um milagre
mas se apesar de banal chorar for inevitável sinta o gosto do sal do sal do sal sinta o gosto do sal gota a gota, uma a uma duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre a cada mil lágrimas sai um milagre cante as rimas de um poema sofra penas viva apenas sendo só fissura ou loucura quem sabe casando cura ninguém sabe o que procura faça uma novena reze um terço caia fora do contexto invente seu endereço a cada mil lágrimas sai um milagre
Eu gosto delas. Não de me expressar com elas, mas poder observar quando atingem seu valor semântico, o limite do significante no máximo de significado é tudo. Trocadilhos bem feitos também têm este poder. Quando o maracanã grita junto “Ah! Eu tô maluco!” é direito de enlouquecer. Um “Já é” afirma a oração. E recentemente fala-se um “Tamo junto”, num sinal de amizade, parceria e confiança. Certeza é que para virar gíria, é preciso passar pela aprovação popular, virar chavão e como já dizia o mestre Itamar Assumpção, abrir porta grande na linguagem. Tem as que morrem. Grilo, cafona, brotinho e papo firme não pertencem ao vocabulário de quem tem menos de trinta. O que será que vem por aí? Quais são as gírias que vocês conhecem, gostam ou não e quais são faladas só por aí onde vocês moram?
Sorry! Poucas idéias para postagens menos “caretas” (hehehe)!
Neste dia - década de 70 - , eu fui pela primeira vez ao centro do Rio. Carnaval na Rio Branco e depois o baile em São Januário, no Clube de Regatas Vasco da Gama. Encontrei esta foto ano passado numa página do Orkut. Sem eu saber, ficou registrado um dos momentos que sempre esteve nas minhas memórias emotivas e mais antigas. Pelo Rio, pelos amigos, pela infância no interior do Estado e por uma felicidade imensa! Até hoje os dias de folia me embriagam de alegria.
Louis. Cortázar escreveu sobre ele depois de um concerto em Paris: “...os cronópios do palco saltam vários metros em todas as direções, enquanto os cronópios da sala se agitam entusiasmados nas poltronas, e os famas, vindos ao concerto por erro ou porque era preciso ir, ou porque custa caro, se entreolham com um ar estudadamente amável, mas naturalmente não entenderam coisa alguma, lhes dói a cabeça que é um horror e em geral gostariam de estar em casa escutando a boa música recomendada e explicada pelos bons locutores, ou em qualquer parte a vários quilômetros do teatro dos Champs Elysées.”
Quem não leu, pega pra ler os "História de Cronópios e Famas" e "Valise de cronópio" – da onde tirei este texto.
Um Puxadinho é uma obra em movimento (tks! Caetano). Como é que pode ficar parado tanto tempo? Porque não estava. Ele foi passear vagamente pelos blogs dos amigos – alguns nem conheço pessoalmente o blogueiro ou blogueira, como queiram, mas quando se conhece pela palavra, ainda mais escrita, se conhece é muito -. Não vou deixar de visitá-los, pois é dali que também me alimento da sabedoria rápida , curta e cortante deste mundinho virtual. Como a vida do lado de fora é mais importante, pretendo rever e conhecer estes parceiros logo. Ao vivo e em cores. Um beijo para Dauro, Aline, Ana Luckman, Márcio , Ner, Nei Lopes, e os outros por onde passei rapidamente.
Opa! Já falei demais. Isto é pra dizer voltei a trabalhar na construção do velho Puxadinho. Endereço novo, igual nas ironias e verdades (??!!), mas talvez diferente no conteúdo: mudou a internet, as ferramentas e as possibilidades da rede 2:0. Tô ferrado, já que não sei trabalhar com a maioria delas e vou penar pra aprender, pois não dá pra não interagir sem áudio e vídeo. Farei o possível. My best sem ser besta!
Por favor, não esperem tanta assiduidade como antes. O tempo é curto e precioso e as palavras escritas não podem se enganar na gramática, semântica e sentido. Todavia todo mundo erra. Quando acontecer, farei as correções necessárias. Escreverei o necessário e quando tiver precisão.
Sejam bem vindos e sintam-se em casa! Desculpa a poeira da obra, mas puxadinhos são assim mesmo: uma hora é na sala, outra hora nos quartos, pode ser na cozinha, banheiro, não importa. A casa vai crescendo pra todos os lados.