quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Naturezas vivas também morrem












Fotos Raul Ribeiro


“Dentre as várias palmeiras exóticas que serão plantadas, talvez nenhuma possua o vigor e a teatralidade das Corypha com imensas folhas em leque a que florescem e frutificam uma única vez em sua existência, ao fim de um período de cerca de 50 anos.”

Luiz Emygdio de Mello Filho /Botânico, diretor do Departamento de Parques da Secretaria de Obras Públicas-GB
Revista Municipal de Engenharia (Janeiro-Dezembro / 1962)
Pré arborização do Aterro do Flamengo




Assisto este espetáculo acontecer lentamente da minha janela no trabalho. É estranho... mesmo sendo o fim - a árvore depois morre - é ao mesmo tempo a floração. O ápice. O belo.

2 comentários:

Marcio Allemand disse...

Tb tenho o privilégio de volta e meia assistir a este espetáculo da natureza. Paro e penso se vai deixar vazio na paisagem ou se os muitos que por ali passarem sequer vão perceber que alguma coisa mudou.
No mais, as bromélias, qdo estão floridas, tb estão se despedindo. Só que elas mesmas garantem a sobrevivência da espécie, pois quase que ao mesmo tempo em que nasce a flor tb nasce um broto de uma bromélia nova.
A natureza tem muito dessas poesias.

Aline Cabral Vaz disse...

Nada que vive, vive em vão!
bj